quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Ritmos Brasileiros - Samba Rock


Ritmos
Brasileiros


- Samba rock: Dança que surgiu da criatividade dos freqüentadores dos bailes em casas de família e salões da periferia de São Paulo no final da década de sessenta começo da década de setenta mesclando se os movimentos do rock and roll hoje rockabilly com os passos do Samba de gafieira ao som das equipes a despeito deste ou daquele ritmo importando tão somente o tempo da música em relação à dança.

Na primeira metade da década de setenta fora chamado por diversos nomes Sambalanço, Swing, Rock Samba, e finalmente Sambarock por causa do lançamento da primeira coletânea que continham músicas que eram tocadas nos bailes de sambarock e re-gravadas especialmente para estes bailes.

A primeira coletânea lançada em 1978 e que se chamava “Samba Rock o Som dos Black`s” deu início a uma nova era para o sambarock onde eram re-gravados vários sucessos de bailes da época fazendo com que fosse mais fácil o acesso a essas músicas que ate então eram músicas fora de catálogo e difíceis de se encontrar
Tornando assim o Sambarock mais conhecido na grande São Paulo e outros estados.

A forma de se dançar sambarock foi sendo aprimorada com os festivais de dança de onde os dançarinos disputavam entre si para ver quem era o melhor.

As disputas entre os dançarinos de sambarock seguiam os mesmo moldes do filme “Embalos de Sábado à Noite” onde tínhamos o júri técnico formado primeiramente por aqueles que se julgavam serem os melhores dançarinos da época e que julgavam a parte técnica da dança tempo contra tempo, erros, passos inéditos, quantidades de passos, qualidade dos passos e dificuldades dos passos, em alguns festivais tinha-se também o chamado júri popular onde se escolhiam alguns freqüentadores destes bailes para junto com o júri técnico escolherem os melhores em uma escala de um a dez ou de dez a cem.

Lembrando que as regras e o formato destes festivais variavam de bairro para bairro ou mesmo vila para vila.

O ritmo atingiu o auge nas décadas de 70 e 80, nos bailes black da periferia. Em São Paulo, os bailes de periferia também ferviam ao som do samba-rock-suíngue, de nomes como o Trio Mocotó (que originalmente acompanhava Jorge Ben Jor), Copa 7, Luiz Vagner (que foi do grupo de jovem guarda Os Brasas, homenageado por Ben Jor com a música Luiz Vagner Guitarreiro), Branca Di Neve (falecido em 1989), Carlos Dafé, Dhema, Franco (também ex-Os Brasas), Abílio Manoel e Hélio Matheus.

Em 1970, Jorge Ben se une ao Trio Mocotó, lançando Muita Zorra, LP com hits do samba-rock e 2 músicas de Roberto e Erasmo Carlos (Coqueiro Verde e O Sorriso de Narinha).
Atingiu sua maior força com os compositores Bebeto, Bedeu e Luís Vagner, que podem ser considerados os verdadeiros representantes dessa música. Outros compositores contribuíram para que o ritmo permanecesse vivo até hoje, entre eles Carlos Dafé, Marku Ribas, Itamar Assunção e Branca di Neve.

O samba-rock passou a década de 80 e 90 praticamente fora da mídia, mas nunca desapareceu. Estava presente nos bailes nas periferias. Na periferia de São Paulo, ao longo dos anos 90, os bailes continuavam tocando as velhas músicas, que apareciam aqui e ali em coletâneas piratas vendidas em lojas do centro da cidade.

A partir de 2000, o samba-rock voltou à mídia e ganhou novos públicos dentro dos circuitos universitários. Nesta época, o Clube do Balanço e o Funk Como Le Gusta ajudaram a levar o samba-rock da periferia dos guetos paulistanos para a Vila Madalena, reduto paulistano de boêmios e universitários de classe média e alta.